As condições e elementos necessários para aumentar nossa efetividade ao pensar


Desde o momento em que retomamos nossa consciência, ao acordarmos pela manhã, até o momento de dormirmos novamente, estamos com a atividade cerebral repleta de pensamentos, os quais, em sua maioria, nos passam despercebidos, e que poderíamos classificar como sendo estratégicos ou não. Surge, então, a pergunta inevitável: o que diferencia um do outro?
As recentes descobertas das neurociências nos mostram que temos mecanismos desenvolvidos desde os primórdios evolutivos para gerar o menor consumo de energia possível ao realizar atos envolvidos com o nosso cérebro. Para tanto, desenvolvemos mecanismos automáticos, capazes de gerar atalhos e buscas rápidas em nossas memórias, para auxiliar em nossas identificações das inúmeras decisões necessárias em nossas atividades diárias.
Estes mecanismos usam como referência as nossas experiências passadas, estereótipos construídos, padrões de respostas automáticos, crenças pessoais e modelos mentais individuais. Na literatura sobre tomadas de decisões, estes mecanismos são denominados de heurísticas, ou vieses, e exercem influência sobre todas as áreas de nossa vida, seja no campo profissional ou pessoal.
Apesar de serem muito eficientes em termos de consumo de energia e tempo, são exatamente estes pontos que nos impedem de sermos estratégicos, na maioria do tempo, com nossos pensamentos. Isso acontece porque estes mecanismos que utilizamos podem nos levar a identificar escolhas e decisões que não consideram o momento presente, o contexto atual e as suas consequentes implicações, pois utilizam o passado como fonte de dados, informações e base para efetuar as análises.
O passado serve como referência, não como direção!
Existe uma condição necessária para que nossos pensamentos adquiram o caráter estratégico: ter, antes, uma clara definição do rumo que pretendemos para as nossas ações no momento presente. Isso possibilita a identificação de quais pensamentos são alinhados e quais precisam ser descartados ou evitados. Estando presente essa condição, só precisamos incluir os demais elementos necessários de qualquer estratégia (fazer análises, considerar recursos necessários, verificar impactos gerados e ações necessárias no tempo) para que realizemos o pensar estratégico.
Portanto, sabendo da nossa direção e evitando os mecanismos automáticos, podemos pensar sobre algo de fato e, com isso, ter condições de incluir os demais elementos essenciais e transformar aquilo que pensamos em verdadeiros pensamentos estratégicos com cada ação que identificamos como necessária.
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