

Mudar as palavras; mudar a cultura. Se você busca atingir alto desempenho com sua equipe, saiba que realizar um processo de medição de desempenho é essencial. Muitas empresas aplicam processos de avaliação de desempenho, mas há uma diferença muito grande entre avaliação e medição.
A avaliação tem um viés cultural de punição – e isso ocorre não apenas nas empresas. Pressupõe a oposição entre certo e errado. Quem é submetido a este processo fica sempre pensando se foi bem ou mal, ou, ainda, que precisa fazer algo para ser bem avaliado. Esses pensamentos consomem tempo e energia e dão o peso de obrigação a um processo que deveria resultar em benefícios para todos.
Outro aspecto da avaliação é que, na maioria das vezes, é baseada em suposições. Essa subjetividade estimula nos integrantes da equipe uma posição de autodefesa, pois se sentem julgados e, instintivamente, buscam se proteger.
Se você, como gestor, busca chegar a um nível de alto desempenho com sua equipe, promover mudanças nesse processo é essencial. Instituir a medição de desempenho significa colocar todos os integrantes em um outro patamar: o de busca coletiva de melhoria com base em fatos concretos e não em suposições.
Medição de desempenho: caminho para o desenvolvimento
Tudo o que pode ser medido pode ser melhorado, considerando o contexto, as condições técnicas e comportamentais, o nível de preparo e a maturidade de cada um dos integrantes e da equipe. A medição é essencial para verificar o que é necessário ser ajustado. Para isso, é preciso observar os fatos concretos. É possível medir tanto aspectos técnicos quanto os comportamentais. Por ser objetivo, o processo de medição estimula o crescimento individual e também o coletivo.
Para realizar e trilhar este caminho de desenvolvimento, alguns passos são necessários:
- Medir o nível de maturidade profissional;
- Realizar a medição de desempenho a cada três meses;
- Realizar o assesment com foco no desenvolvimento do potencial humano;
- Verificar em qual categoria as pessoas estão posicionadas (saiba mais aqui).
A partir da análise desses fatos mensuráveis, você conseguirá validar as condições técnicas e comportamentais das pessoas que integram a sua equipe – o que aumenta as chances de você saber, como gestor, se pode convidá-las a novos desafios, estimular o seu desenvolvimento dentro da posição que ocupam hoje e projetar caminho futuros.
Medir a cada 3 meses
O desempenho não é estático. Ele é variável. Por isso, uma sugestão é que a medição de desempenho seja realizada a cada três meses. Essa frequência auxilia cada membro da equipe a ajustar o que é necessário ser ajustado, e também a fortalecer aquilo que as pessoas já estão fazendo de maneira efetiva, conforme definido pelo responsograma de cada um.
Além disso, é fundamental verificar o nível de maturidade em que o profissional se encontra. Pessoas com baixa maturidade são altamente dependentes do gestor para saber o que precisa ser feito. Elas tratam algumas situações com falta de preparo, muitas vezes por não terem conhecimento básico sobre o responsograma. Precisam de ajuda para aprender. Ao tomar conhecimento do responsograma, a pessoa muda rapidamente para o nível intermediário de maturidade, no qual ela se torna independente. Ela passa a reconhecer a própria capacidade de concretizar e entrega o que é necessário de acordo com o responsograma.
O nível alto de maturidade é atingido quando as pessoas da equipe mantêm interdependência e fazem autogestão. São capazes de oferecer e pedir ajuda de maneira colaborativa. Atenção! Se você é um gestor com muitas pessoas em sua dependência, provavelmente está bastante sobrecarregado e precisa desenvolver mais pessoas.
Para realizar a medição, é necessário:
- Observar os comportamentos no dia a dia para perceber qual em nível de maturidade os integrantes da equipe se encontram;
- Realizar assessments com foco no desenvolvimento do potencial humano;
- Verificar em qual categoria as pessoas estão posicionadas (insatisfeitas, satisfeitas, comprometidas ou engajadas).
Compartilhamos, aqui, uma ferramenta que auxiliará você a ter uma visão geral sobre o nível de maturidade de sua equipe e, a partir daí, estruturar ações voltadas ao desenvolvimento de cada um. Clique aqui para baixá-la!
Aline Sirotto* é sócia-executiva da Nortus e instrutora na FGC – Formação em Gestão Contemporânea. É bacharel em Administração de Empresas, com vasta experiência como gestora de equipes e consultora de Desenvolvimento Humano e Organizacional e Operações Financeiras.

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