Como está o sistema imunológico de sua empresa?

Um dos aspectos muito importantes e ainda pouco cuidados pelas empresas é a cultura organizacional. Ela é tão essencial que, na Nortus, durante a Formação em Gestão Contemporânea, costumamos compará-la ao sistema imunológico. Ou seja, o sistema responsável por assegurar a perenidade da organização, com um bom funcionamento e saúde de todos os elementos que fazem parte dela.

É a cultura organizacional que mantém alto o engajamento dos colaboradores, que preserva e faz reverberar os valores organizacionais, tanto internamente (nas interações entre os colaboradores e execução dos processos, por exemplo) quanto` para fora da empresa (na percepção dos clientes).

A cultura da organização é aquilo que sempre acontece, que se expressa no campo do fazer, e pode, portanto, ser observada a partir do comportamento dos colaboradores. Não são comportamentos isolados de um ou de outro colaborador.

Se identificamos que, em geral, as pessoas em uma organização se fecham, e expressam em suas falas e atitudes uma forte necessidade de auto-proteção e defesa, provavelmente estão imersas em uma cultura de medo, com alto nível de estresse, focadas em não errar, em não serem cobradas e julgadas.

Não cumprimentar as pessoas, comunicações sem cordialidade, desinteresse em atividades coletivas, não contribuir para com a entrega de outra área, não compartilhar informações importantes com os pares, ter comportamentos competitivos e liderar pela autoridade e não pela influência — estes são exemplos de comportamentos observáveis neste tipo de cultura.

Se você observa padrões de comportamento que indicam que a organização em que você atua vivencia um tipo de cultura parecido com o descrito acima, este pode ser um convite para a transformação.

Mudar a cultura

A Formação em Gestão Contemporânea da Nortus possui um módulo dedicado exclusivamente à implementação de mudanças que, entre outros temas, aborda a mudança de cultura nas organizações. Antes de tudo, é necessário ver de maneira sistêmica — enxergar os comportamentos, compreender de onde surgem e o porquê.

Se a intenção é cultivar algo novo, que proporcione resultados sustentáveis, é necessário um olhar atento à direção estratégica da organização. Isso porque, para que os valores de uma organização sejam vivenciados pelas equipes diariamente, estes precisam estar alinhados à direção estratégica.

Ao definir ou revisar a direção estratégica, é necessário planejar e estruturar a implementação dos comportamentos organizacionais para que a forma de fazer as coisas de todas as pessoas envolvidas no contexto e no sistema fortaleça o ambiente saudável e o clima organizacional, contribuindo para a geração de resultados saudáveis e prósperos.

Voltando à comparação entre cultura organizacional e o sistema imunológico, se queremos que este seja um sistema forte, que gere bem-estar e longevidade à organização e seus colaboradores, um novo tipo de fazer precisa ser cultivado. Lembre-se: a cultura organizacional é algo que reverbera dentro e fora da organização, sendo, portanto, perceptível aos clientes e à comunidade em geral.

Linguagem dos líderes

A linguagem da liderança é um elemento muito importante para a concretização de comportamentos diferentes. As palavras que os líderes utilizam para descrever os eventos e a forma como comunicam instruções geram impacto psiconeurossemântico nos integrantes de suas equipes. Esta forma de comunicar dispara hormônios nos corpos das pessoas, gera emoções, e determina como as pessoas devem se sentir (amedrontadas pela possibilidade de julgamento ou convidadas a solucionar problemas, por exemplo).

A forma como as pessoas se sentem na organização é determinante. Com medo, tensos e fechados, os indivíduos não têm condições de serem criativos e não sentem vontade de colaborar e de co-construir soluções e resultados efetivos.

Ciclo de transformação

Fortalecer o sistema imunológico de uma organização requer competência para gerir um ciclo de transformação que passa, necessariamente, pela coleta de dados e fatos de maneira imparcial (ver/conhecer), pela análise destas informações, pensando em alternativas (pensar/analisar), pela identificação das ações que precisam acontecer (fazer), e pela mensuração e comunicação das inclusões de maneira que se tornem comuns a todos (concretizar).

Convido você a identificar os comportamentos mais comuns em sua organização e observar se se alinham ou se distanciam dos que foram definidos como valores e direção estratégica da organização.

Para isso, você pode baixar esta ferramenta de auxílio.

Aline Sirotto* é sócia-executiva da Nortus e instrutora na Formação em Gestão Contemporânea. É
bacharel em Administração de Empresas com vasta experiência como gestora de equipes e
consultora de Desenvolvimento Humano e Organizacional e Operações Financeiras

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