A gestão e a armadilha do conhecimento

Equipe Nortus
26/01/2017

Quanto mais achamos que sabemos sobre algo, pior podem ser os nossos resultados.

Passamos boa parte de nossas vidas ouvindo que precisamos estudar muito, tirar notas boas e sermos os melhores da turma para termos uma boa oportunidade no futuro, e acabamos incorporando uma persona em nós que é condicionada a ter informações e conhecimento. Ficamos presos ao viés do conhecimento e introjetamos a máxima de que somos o que sabemos, e, como profissionais, acabamos carregando esse viés para atender as necessidades do dia a dia.

Está certo de que precisamos conhecer as coisas e estarmos sempre bem informados, pois isso é uma necessidade real diante de um mundo que muda continuamente e que sempre está se inovando em vários aspectos, e a armadilha está em acharmos que o que já sabemos é sempre o que serve para o que estamos vivendo.

Em vários momentos, podemos tender a achar que sabemos como lidar com a maioria das situações que estamos passando, pois já vivemos algo semelhante, ou porque tivemos uma excelente produtividade e muito bons resultados fazendo daquele mesmo jeito. Mas será que os resultados que tivemos eram os melhores possíveis? Provavelmente não tenham sido. Se, por acaso, consideramos que já sabíamos o que fazer e simplesmente aplicamos a nossa “fórmula”, sem fazer uma leitura adequada da situação e sem identificar o máximo possível de elementos e variáveis, com certeza os resultados foram aquém do que poderiam ter sido.

O mundo de hoje requer profissionais capazes de serem estratégicos a cada instante, e isso significa estar apto a conhecer cada situação com um olhar neutro e imparcial, para que se possa ter uma visão clara do que realmente está acontecendo. Só a partir disso pode-se conjugar as informações de forma efetiva, o que garantirá o melhor resultado possível naquele momento.

A gestão, ou melhor dizendo, a gestão contemporânea, está carente de profissionais capazes de frearem o seu automatismo mental diante das situações e de analisarem de forma adequada os contextos. Considerando o tempo em que estamos vivendo em que as coisas se alteram com grande velocidade, sermos automáticos não é o mais inteligente a se fazer. Se as coisas são novas, o melhor não é usar somente formas antigas para lidar com elas.

Que tipo de gestor é você? É aquele já capaz de parar e analisar os contextos antes de agir e sempre tem os melhores resultados possíveis por causa disso, ou é aquele que precisa fazer tudo rápido (“porque o mundo exige isso”) e acaba não considerando partes importantes, e por isso seus resultados ficam abaixo do esperado?

A cegueira gerada pelo conhecimento que já temos pode nos tornar cegos para o resto da vida.

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