Contexto de transição é oportunidade para DHOs estruturarem capacitações continuadas e efetivas

Rafael
26/10/2022

O relatório da última edição da Pesquisa Melhores para o Brasil (2021) revela que as novas gerações (Millenials e Geração Z), no âmbito da pesquisa realizada, representam quase 61,7% das partes interessadas no sucesso dos negócios no país.

Este significativo percentual de pessoas com menos de 39 anos de idade impacta diretamente nas culturas organizacionais e tem sinalizado aos organizadores do estudo, a startup Humanizadas, que uma nova economia começa a emergir a partir de novos valores e maneiras de concretizar resultados.

Mas o que é a Nova Economia?

Durante o 5º Encontro de Gestores Contemporâneos realizado neste ano pela Nortus, o economista e fundador da Humanizadas, Pedro Paro, apresentou as diferenças entre o modelo econômico no qual vivemos até aqui e a Nova Economia, que está se consolidando com as práticas de organizações com rating de consciência mais elevados. Os ratings de consciência são níveis aferidos pela pesquisa, que coleta as percepções de todas as partes interessadas no sucesso do negócio, inclusive a sociedade.

Segundo Pedro Paro, estamos migrando do pensamento egocêntrico para o ecocêntrico. Estamos deixando a crença da escassez para acreditar numa possível abundância, onde o olhar deixa de ser do curto prazo e se projeta para longo prazo, que, para além do resultado financeiro, considera o impacto gerado por ele. O foco deixa de ser somente para os acionistas e direciona-se para todos os stakeholders. A medida deixa de ser o lucro e as vendas para integrar os aspectos econômico, social e ambiental. Com isso, as relações na Nova Economia passam a ser de ganho para todos (ganha-ganha-ganha), enquanto, na velha economia, tem-se as relações de perde-ganha.

Segundo a pesquisa, o que as pessoas mais valorizam hoje?

Ao analisarmos as três características pessoais mais valorizadas pelos 86.553 respondentes da pesquisa, percebe-se uma excelente oportunidade para quem atua na área de Desenvolvimento Humano e Organizacional para tornarem-se agentes neste processo de transição para a Nova Economia.

Em ordem de importância, as características pessoais mais valorizadas, em uma lista de 63, são: ética, confiança e aprendizado contínuo. Essa informação diz muito sobre para onde as pessoas das gerações estão se orientando, e a pergunta que fica é: as empresas estão considerando estes novos anseios que impactam na forma de ver, pensar e agir das pessoas que contribuem com as organizações?

Para quem atua na área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), este dado é bastante relevante, e também uma oportunidade chave em um mundo em transição, no qual os conflitos e a polarização são ruídos sinalizadores da necessidade de novas estruturas e culturas organizacionais.

Para a Nortus, os momentos de dúvida, ruídos e incômodos são essenciais para que aconteça o que chamamos de próximo passo de desenvolvimento dos indivíduos e dos coletivos. Compreendemos as organizações como um sistema vivo e dinâmico; um fractal da humanidade. A partir desta perspectiva, as organizações seguem o mesmo princípio da vida: estão em um movimento contínuo de informações que se auto-organizam para o próximo passo em seu nível de consciência.

Se o aprendizado contínuo está entre as três características pessoais mais valorizadas, por que não cocriar uma cultura de aprendizagem em sintonia com a Nova Economia?

Profissionais da área de DHO das empresas, ao considerarem as características da Nova Economia e o desejo de grande parte dos stakeholders em vivenciar o desenvolvimento contínuo, de forma consciente, podem contribuir para a prosperidade sistêmica das organizações, das pessoas, da sociedade e do planeta.

Esta é uma tarefa importante e que pode contribuir significativamente com as mudanças que o mundo necessita. É preciso refletir se as abordagens pautadas na superfície, no imediatismo, e que venham a ser encaradas como modismo pelas lideranças ainda servirão e se estão em sintonia com confiança e ética, que são as duas características mais valorizadas pelos respondentes da pesquisa Melhores para o Brasil.

Estruturar uma cultura organizacional orientada para a aprendizagem contínua é essencial para as empresas que já compreenderam estarem inseridas em uma sociedade que vem ampliando a sua consciência e em transição para uma Nova Economia.

Se há grande expectativa das pessoas para aprenderem a aprender continuamente, esta é uma importante abertura para se viver uma profunda mudança cultural, que passa, necessariamente, pela geração de comportamentos, comprometidos com futuros mais saudáveis.

Sobre a Nortus

A Nortus é uma instituição de desenvolvimento humano global e organizacional, referência em soluções para gestão contemporânea, fundada em 2009 e com sede em Campinas (SP). Já formamos mais de 800 gestores em todo o Brasil, atendendo dezenas de empresas e impactando o desenvolvimento de mais de 50 mil pessoas com nossa Tecnologia Comportamental Metassistêmica. Mantemos parcerias internacionais com pesquisadores do campo da psicologia social, comportamental e organizacional e da neurociência. Somos um Multiverso formado pelos Universos Científico, Estrutural, Negócios e Social. Juntos, eles atuam para cocriar condições para a ampliação da consciência humana. Em 2022, lançamos o livro Paradoxos de Liderança, de Steven Poelmans, pela editora Nortus.


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