O quanto podemos nos frustrar?

Equipe Nortus
21/07/2015

Passamos a maior parte de nosso tempo nos preparando.

Desde que nascemos somos preparados para sobreviver e para continuarmos vivos.

Nosso corpo aprende a respirar fora do ventre. Aprendemos a nos alimentar com nossa própria boca e, gradativamente, todos os nossos sentidos vão se desenvolvendo para que aprendamos tudo por meio deles.

Adquirimos, ano após ano, a condição de aperfeiçoamento e vamos usando essa condição em todas as situações: em nossos movimentos físicos, em nossos pensamentos, em nossa expressão verbal, na forma como pretendemos “ser alguém” na vida, etc.

À medida que vamos crescendo, aprendemos certos modelos intelectuais e emocionais. Aprendemos como responder às situações do dia a dia e a como nos comportar diante das pessoas e situações.

E assim, desde cedo, somos capacitados, de alguma forma, (não significa ser a mais adequada) para crescermos e assumirmos as responsabilidades de uma vida adulta.

Aprendemos que precisamos ter as coisas que nos mantém vivos.

Aprendemos que precisamos trabalhar para poder nos alimentar, vestir, morar e, também, além da sobrevivência, aprendemos que o aconchego, o cuidado e o bem-estar fazem parte de uma vida sustentável.

E nesse ínterim de coisas aprendidas, também aprendemos a forma ansiosa de querer que as coisas aconteçam. E muitos condicionamentos mentais nos fazem achar que o tempo para as coisas acontecerem é aquele que achamos que tem que ser e não aquele que de fato é suficiente para que um processo amadureça e nos entregue um determinado resultado.

A medida da nossa frustração é diretamente proporcional ao quanto não compreendemos que o tempo para o acontecimento das coisas não depende de nossa vontade, mas sim da congruência de uma série de informações e condições, também externas a nós.

A garantia que temos sobre o tempo é a constância com a qual fazemos algo de forma coerente e sustentável. Isso é o que nos trará os resultados mais satisfatórios possíveis diante de um processo e no menor prazo possível com as condições que temos.

Responsabilizarmo-nos pelos resultados em nossas vidas parece distante enquanto somos crianças e adolescentes. Mas quando adultos não há outra saída a não ser assumirmos que somos responsáveis por todos os resultados que geramos.

Logo a frustração também está associada ao quanto nós esperamos que determinados resultados aconteçam sem termos gerado todas as ações e condições necessárias para tal.

Finalizamos esse texto com uma reflexão:

Se assumirmos a responsabilidade pelos nossos resultados, pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer, podemos nos frustrar mais ou menos diante das situações do dia a dia?


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