O que caracteriza uma Equipe Contemporânea?

Rafael
24/11/2022

Há muito tempo fala-se sobre trabalhar em equipe, ser um time, engajar pessoas, team building e ser um(a) líder desenvolvedor(a) de pessoas. Embora o assunto seja bastante difundido nas organizações, saber reconhecer se um grupo de pessoas está sendo, de fato, uma equipe em ação é algo que requer olhar atento sobre evidências comportamentais.

Numa perspectiva contemporânea, uma equipe é um grupo de pessoas com capacidades e competências complementares entre si, que se mantêm mutuamente responsáveis e colaborativas, com o foco em um propósito comum.

Neste sentido, não há espaço para disputas de ego, e muito menos para comparações, pois, num ambiente em que se criam condições reais para as pessoas manifestarem o melhor de si, as diferenças são celebradas, valorizadas, e o potencial de cada um é estimulado continuamente a ser transformado em ação. Todos colaboram (laboram juntos), aumentando a inteligência coletiva.

Sendo assim, o que a liderança deve fazer para que se construa efetivamente uma equipe contemporânea, e todos façam entregas de alto desempenho constantemente?

É necessário que a pessoa em papel de liderança:

Conheça muito bem as pessoas que fazem parte deste time, tanto tecnicamente quanto comportamentalmente;

Assuma um compromisso como o seu autodesenvolvimento contínuo, pois esse é o comportamento vital para que se torne um(a) gestor(a) contemporâneo(a), e para que realmente tenha credibilidade natural para desenvolver pessoas e/ou novos líderes;

Estruture as condições técnicas e comportamentais e acompanhe as entregas individuais e coletivas semanalmente para que a concretização exata realmente aconteça;

Estimule o engajamento das pessoas, envolvendo-os emocionalmente e intelectualmente, realizando a conexão dos propósitos individuais com o propósito da equipe e empresa;

Crie uma cadência de encontros coletivos e conversas individuais, com o foco em desenvolvimento humano, para que as pessoas despertem o desejo natural de cada vez mais conhecerem a si mesmas, em termos de potencialidades e também em termos dos possíveis impedimentos, tanto no aspecto técnico quanto no comportamental.

Para facilitar a condução das conversas individuais com as pessoas das equipes que tenham a intenção genuína de conhecer profundamente o outro, há oito perguntas essenciais que, quando aplicadas num ambiente inclusivo e acolhedor, contribuem para construir um relacionamento saudável.

Ao mesmo tempo, contribuem esclarecendo o atual posicionamento de vida e/ou propósito de cada indivíduo. Essas perguntas são embasadas nas dimensões física, emocional e intelectual, e favorecem a integração do cérebro trino (reptiliano, límbico e neocórtex), estimulando respostas autênticas e assertivas.

Eis as oito perguntas essenciais a serem feitas:

1 – O que você sempre adorou fazer?

2 – De que situações relacionadas ao seu trabalho você realmente gosta?

3 – Em que você é realmente bom?

4 – Quais oportunidades você vê para o seu crescimento e desenvolvimento?

5 – Você se sente parte de uma equipe?

6 – Como poderíamos melhorar o seu ambiente de trabalho?

7 – O que tornaria o seu trabalho mais significativo para você?

8 – Qual contribuição você adoraria fazer em sua função atual?

Essas perguntas são abertas e devem ser conduzidas de forma imparcial. Sempre que necessário, deve-se acrescentar a pergunta “por quê?”, com a intenção de estimular um aprofundamento nas respostas.

Uma equipe contemporânea sempre demonstra excelência em tudo que faz e no que se propõe a fazer, e as pessoas manifestam vitalidade e leveza naquilo que precisa ser mantido, melhorado e modificado.

Considera-se, portanto, que a vida de um sistema só tem saúde plena quando as pessoas são consideradas seres integrais e orgânicos, já que esse é o único caminho para que todos demonstrem a melhor versão de si mesmos com fluidez e naturalidade.


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