Tomar ou identificar as decisões em uma empresa?

Rafael
08/02/2023

No ambiente corporativo, um dos papéis comumente esperados de um líder ou gestor é o de tomar decisões, seja no que envolve questões estratégicas, ou até mesmo em assuntos operacionais. Nestes 14 anos de contribuição ao desenvolvimento organizacional de empresas, a abordagem da Nortus inclui uma compreensão sistêmica sobre este papel que pode se iniciar com a seguinte pergunta:

O que, ou quem, determina que uma decisão precisa acontecer?

Para responder a esta pergunta, consideramos alguns dos princípios gerais de funcionamento dos sistemas, sejam naturais ou criados pelos seres humanos.

Um destes princípios é o de que os elementos que compõem qualquer sistema estão conectados com outros, pertencentes a sistemas maiores. Esses elementos influenciam e são influenciados mutuamente. Isso acontece porque existem trocas constantes de informações. Também é importante considerar que a função de cada elemento de um sistema está conectada com a finalidade maior do sistema ao qual pertence.

A partir desta compreensão e pensando em um funcionamento natural dos sistemas, podemos afirmar que não é o líder ou o gestor que toma as decisões, e sim os dados – informações – dos sistemas que apontam para o que precisa ser feito.

Essa percepção explica a razão de por que algumas decisões não alcançam os objetivos propostos e geram desgastes, perdas ou retrabalho. Uma possível causa para este problema pode ser a inadequação ou o desalinhamento da ação proposta em relação ao sistema maior – o que deveria incluir, necessariamente, considerar todos os elementos e o máximo de dados e fatos produzidos.

A principal competência de um líder ou gestor é a de criar ambientes e mecanismos para reunir o máximo de informações e saber identificar o que precisa ser feito, no tempo adequado e com as condições e recursos existentes.

Neste sentido, um gestor ou líder não toma uma decisão. Ele, junto às pessoas de sua equipe, a partir das informações que essas pessoas compartilharam, precisa saber conjugar dados e fatos – o mais isento possível de julgamentos – para ver com mais clareza os diferentes caminhos e seus impactos nos diferentes sistemas. As decisões não são tomadas por uma única pessoa; elas passam a ser identificadas.


A partir desta compreensão, podemos ampliar a nossa reflexão para qualquer decisão ou ação que pensamos em implementar. Se considerarmos os dados e fatos presentes no contexto da decisão, certamente, e inevitavelmente, aumentaremos as chances de estarmos cumprindo a nossa função e entregando as informações necessárias para o funcionamento do sistema maior – para a vida, para as pessoas envolvidas e para a organização.


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