Veja o que é necessário que seja feito pela liderança para que se construa efetivamente uma equipe contemporânea.
Há muito tempo fala-se sobre trabalhar em equipe, ser um time, engajar pessoas, team building e ser um(a) líder desenvolvedor(a) de pessoas, mas ainda temos poucas evidências, na prática, para reconhecer um grupo de pessoas como sendo, de fato, uma equipe em ação.
Numa perspectiva contemporânea, uma equipe é um grupo de pessoas com capacidades e competências complementares entre si, que se mantêm mutuamente responsáveis e colaborativas, com o foco em um propósito comum. Neste sentido, não há espaço para disputas de ego e muito menos para comparações, pois, num ambiente em que se criam condições reais para as pessoas manifestarem o melhor de si, as diferenças são celebradas, valorizadas, e o potencial de cada um é estimulado continuamente a ser transformado em ação. Todos colaboram (laboram juntos), aumentando a inteligência coletiva.
Sendo assim, o que é necessário que seja feito pela liderança para que se construa efetivamente uma equipe contemporânea, e todos façam entregas de alto desempenho constantemente?
É necessário que o(a) líder:
1º Conheça muito bem as pessoas que fazem parte deste time, tanto tecnicamente quanto comportamentalmente;
2º Assuma um compromisso como o seu autodesenvolvimento contínuo, pois esse é o comportamento vital para que se torne um(a) gestor(a) contemporâneo(a), e para que realmente tenha credibilidade natural para desenvolver pessoas e/ou novos líderes;
3º Estruture as condições técnicas e comportamentais e acompanhe as entregas individuais e coletivas semanalmente para que a concretização exata realmente aconteça;
4º Estimule o engajamento das pessoas, envolvendo-os emocionalmente e intelectualmente, realizando a conexão dos propósitos individuais com o propósito da equipe e empresa;
5º Crie uma cadência de encontros coletivos e conversas individuais, com o foco em desenvolvimento humano, para que as pessoas despertem o desejo natural de cada vez mais conhecerem a si mesmas, em termos de potencialidades e também em termos dos possíveis impedimentos, tanto no aspecto técnico quanto no comportamental.
Para facilitar a condução das conversas individuais com as pessoas das equipes que tenham a intenção genuína de conhecer profundamente o outro, há oito perguntas essenciais que, quando aplicadas num ambiente inclusivo e acolhedor, contribuem para construir um relacionamento saudável. Ao mesmo tempo, contribuem esclarecendo o atual posicionamento de vida e/ou propósito de cada indivíduo. Essas perguntas são embasadas nas dimensões física, emocional e intelectual, e favorecem a integração do cérebro trino (reptiliano, límbico e neocórtex), estimulando respostas autênticas e assertivas.
Eis as oito perguntas essenciais a serem feitas:
1 – O que você sempre adorou fazer?
2 – De que situações relacionadas ao seu trabalho você realmente gosta?
3 – Em que você é realmente bom?
4 – Quais as oportunidades você vê para o seu crescimento e desenvolvimento?
5 – Você se sente parte de uma equipe?
6 – Como poderíamos melhorar o seu ambiente de trabalho?
7 – O que tornaria o seu trabalho mais significativo para você?
8 – Qual contribuição você adoraria fazer em sua função atual?
Essas perguntas são abertas e devem ser conduzidas de forma imparcial. Sempre que necessário, deve-se acrescentar a pergunta “Por quê?”, com a intenção de estimular um aprofundamento nas respostas.
Uma equipe contemporânea sempre demonstra excelência em tudo que faz e no que se propõe a fazer, e as pessoas manifestam vitalidade e leveza em tudo que precisa ser mantido, melhorado e modificado. Considera-se, portanto, que a vida de um sistema só tem saúde plena quando as pessoas são consideradas como seres integrais e orgânicos, já que esse é o único caminho para que todos demonstrem a melhor versão de si mesmos com fluidez e naturalidade.